quinta-feira, 27 de maio de 2010


O que será que acontece com as pessoas?
Lua cheia deve mexer com elas.
Certa feita, sozinha em São Paulo, ainda com o carro velho, vi uma lua crescente.
Uma nesga no céu.
Era maio do ano passado.
Pela primeira vez havia ido sozinha pra lá, dirigindo, coisa q sempre tive pânico.
O Céu estava num violeta escuro, arroxeado mesmo.
E a LUA, linda, como uma "unhazinha", um "C", branco e pequinhinho...
Me identifiquei.
Ainda estava em processo de recuperação da depressão.
Pensei que era como aquela Lua, pequena, uma nesga, um nadinha.... mas que voltaria, cheia, plena e inteira.
Um amigo, primo torto, fotógrafo que reencontrei, até me mandou uma foto linda de uma lua, me desejando essa recuperação.
Minha amiga produtora fudidona e seu companheiro cineasta, também sabem dessa metáfora, e sempre me desejam essa lua cheia.
Um ano depois confesso, já me sinto refeita, podescrê.
Ainda não estou uma Lua cheia, como a de ontem, mas quase chegando lá.
Muito mais forte, convicta... apesar de todos os percalços por que tenho passado.
Mas isso deve incomodar as pessoas...
Uma figura por quem tenho, ou tinha, apreço ontem, resolveu sentir-se ofuscada por essa força que vem novamente brotando em mim.
Descontrolou-se.
DEUS MEU, fui alvo das mais descabidas acusações e outras leviandades.
Saí-me bem, anos e anos de discussões em fôro me dão prática de discutir pontualmente, sem descontrolar-me e chorar.
Mas confesso q estou aturdida.
Em véspera de evento, o de maior risco nesse minha nova carreira.
Mas, a Lua tá aí...
Pra me dar força e me servir de escopo.
Quanto ao amigo, que eu julguei um cisne... se for mesmo: o negocio se resolve, se não for, que seja feliz seguindo sua vida!
Nessas, que escolher...
Zeca Baeliro, Lou Reed, Bod Dylan?
Os três?
Zeca? Acho q já postei essa...
Lou Reed? Não vou queimar essa música com este episódio sórdido

Então: Idiot Wind de Bob Dylan


terça-feira, 25 de maio de 2010

Será que gostarei de outro bicho como gostei do cachorrão?
Hj em dia tenho gato.
Completamente diferente.
Eles são altivos, auto- suficientes, sem deixar de ser amorosos, dedicados e atenciosos.
Cria que não o eram.
Mas o contato com o Salém tem me educado muito.
Cachorro necessita de atenção, pede atenção, é carentão.
Como já disse algumas vezes, sou uma pessoa cão.
Adoro ser carinhada e bem tratada.
Mas vejo que o gato é o caminho do meio.
Aquele que tanto procuro.
Ele gosta e quer carinho, mas não se afeta se por ventura não tiver.
E, se realmente estiver afim, impõe-se.
Cão não, fica com o olhar pedinte, clamando por carinho e fica tristonho qdo não recebe.
Além da dedicação, o devir servir e o incansável desejo de agradar.
Pior que não receber carinho é receber desprezo, desamor.
Isso cala fundo, não só no cão, como em mim também.
O gato não, deve chatear-se, mas não se afeta.
Continua sua vida, com sua peculiar altivez.
Adoro meu gato. Ele me faz grande companhia.
Ontem mudei meu local de trabalho e ele estava lá ao meu lado.
Me faz carinho, me dá atenção, parece que ele entende minhas limitações, melhor que eu.
Mas meu coração ainda bate muito forte pelo Treu.
Me emociono ao pensar nele.
No meu céu, ele tá lá na porta, me esperando, pra me dar aqueles abraços de "vem cá minha nega" que ele me dava, e causava tanto ciúmes em casa. Tanto em bicho, qto em gente.
Mas tenho que crescer, aprender a ser altiva e auto-suficiente e não ficar mendigando carinho de quem não quer dar e, o que é pior, de quem não merece esse tipo de dedicação canina, que é tão verdadeira e amorosa.
Serei gato, mas, enquanto isso não ocorre... vai Mutantes pra começar o dia
Desfrutem
M

terça-feira, 18 de maio de 2010

Minha parceria com esse cara começou capenga.
Ele e eu não íamos muito um com a cara do outro.
Já nos conhecíamos há milênios.
Eu era amiga do primo dele.
Meu pai era amigão do pai dele.
Mas a gente mesmo...demi bouche.
Mas sempre falamos o que estava acontecendo, um pro outro.
Os feedback de evento ou de projeto, rolava uma sinceridade que retratava bem que a gente se respeitava, trabalhava junto, mas não era amigo.
Ele era muito mais amigo do meu ex.
Como eu também sempre adorei a mulher dele. Ainda adoro, quanto ao meu ex, apesar dele falar que não, sei q ele ainda gosta mais do Flavio que de mim (risos).
Mas aos poucos, face essa sinceridade de ambos, o bom humor, o fato dos dois serem besteirentos e de não querermos fazer mal a ninguém foi nascendo a cumplicidade, o companheirismo e por fim a amizade.
Qdo me vi em paupos de aranha, meia hora depois, ele tava aí na porta, me dando força
Me abriu a casa dele, me botou pra fazer parte da família dele.
Me deu emprego qdo precisei. Me deu força pra me reerguer.
Meu confidente... meu mestre... o que não impede nossos arranca rabos, graças aos céus... detesto amizades ascetas (sic).
Me ofereceu sociedade e agora, pacientemente, me ensina seu ofício!
Eu tô feliz pq agora sou produtora cadastrada no governo do estado.
Ele sabe q isso nem é tão grande coisa assim.
Mas sou arroz de festa e gosto de motivos para comemorar!
Sou agradecida ao meu Patrãozinho e Patroínha, muito bom ter tropeçado com eles em meu caminho.
Troquei de vida, de rumo profissional e reconheço o dedo deles, a força que eles têm me dado.
Ele e Analú são de suma importância na minha vida!
Grandes amigos!
Sei que ele num curte muito o que não é MPB...
Mas... vai um Bob muito pertinente, face essa nossa nova fase de novos projetos. Em voz de ministro, pq o vídeo é uma gracinha.
Brigada Alfeu! Valeu!
Desfrutem
M

sexta-feira, 14 de maio de 2010

Tem gente que tem medo do ridículo.
Tem que ser brilhante 24 horas por dia... ai que enfado!
Tudo bem, não precisamos ser umas bestas e bobos alegres, rir de piada de TV. Ou pior, ver Tv e só escutar lixo.
É importante cultura geral, consciência crítica e política. Não consigo conviver com completos alienados...
Não ser gado tangido da mídia...
Mas só ser erudito, não ser chulo, bobo às vezes.... ahhhhhhh isso num é vida.
Dar risada de si mesmo é uma das coisas mais gostosas que há no mundo.
E na cama? Há lugar mais inconveniente pra se ter medo do ridículo?
Vira-se uma figura travada e frustrada.
Falar besteira, rir de si mesmo dá alegria de viver e...
Qdo a gente tá contente, tanto faz o quente...o frio... tanto faz
Desfrutem
M

segunda-feira, 10 de maio de 2010

De novo, quase exponho uma figura.
Qdo se devaneia em abstrato é menos perigoso.
Mas tô tacanha e factual.... pq será?
Bom segue a de hoje, segunda brava e de frio.
Mentira...
Desfrutem
M

sexta-feira, 7 de maio de 2010

Estava exaurida!
Não me lembro de tamanho cansaço.
Tanto físico como mental.
As festas foram muito boas. Pessoas queridas em ambos lugares.
Realmente estou em outra fase da vida.
O caminho até este ponto, que está longe do ideal, foi árduo. O suor e energia gastos pra se chegar até aqui me são caros e caros!
Mas já consigo transitar com desenvoltura em várias coisas da vida, que até outro dia não conseguia.
A música de hoje é uma delas.
Brincávamos muito com a letra, face seu cuidado melódico e lingüístico.
Qdo lembro de certas coisas que fazíamos, junto com as crianças, lógico (DUDs e Maricota) fico imaginando que tipo de malucos afetados que éramos (somos).
Ou será que só éramos assim em conjunto. Como se fosse uma outra persona.
Maybe baby...
Já torço pela felicidade dele, e, principalmente, pela minha!
Mesmo depois da sórdida triangulação.
Mas a música de hoje foi suscitada pelas várias triangulações que surgiram nas festas.
Mulher adulta e solteira deve povoar o imaginário de alguns homens e mulheres também. Um fetiche interessante, e assaz perigoso, pois não se pode brincar com os sentimentos alheios.
Mas, verdade seja dita... massageia o ego.
Desfrutem
M




quarta-feira, 5 de maio de 2010

Escrevi um dos maiores textos de todos, desta desvairada jornada traduzida na crônica (quase) diária.
Mas, não o publicarei.
Primeiro pq não tenho o direito de expor as pessoas da mesma forma que o faço comigo.
Segundo... nem sei se vale tanto a pena assim.
É difícil pras pessoas entenderem esse meu despir, desnudar diário... um tanto terapêutico, outro tanto didático.
Despir-se de todos os valores classe média incutidos na gente. Valores esses que nos impede de viver em plenitude.
Ter tanto medo desses valores, e acabar se tornado refém dos mesmos, mais enrustido que qquer representante da moral e dos bons costumes...
Moderninho, pero no mucho!
Já vi esse filme antes!
A dona da casa de vinho, no carro, qdo voltava pra casa é que acabou provocando tudo isso.


Desfrutem
M

terça-feira, 4 de maio de 2010

Como já dito alhures...
Nasci dia 4, às 4h, na quarta-feira, sendo a quarta irmã a chegar.
Nasci bem doente, problema renal sério, dizem que dei bastante trabalho.
Se fosse homem meu nome seria homenagem a um tio comunista e a um político gaúcho e corajoso da época.
Se mulher, Heloísa.
Já escutei duas versões... uma que meu pai vendo-me doentinha, não quis que minha mãe queimasse o nome escolhido.
Outra que esse nome era em homenagem a uma amiga de minha mãe que ele tinha especial implicância, ou então que era muito feia.
Há também a lenda de ele ter dito, não se apegue que essa acho que vc não cria!
Não sei... Sei que ele escolheu Marina.
Idêntico de minha mãe. Portanto em casa sou Marininha.
Somo homônimas. Tudo, pois ele acreditou que em casando, eu mudaria o sobrenome.
Mas, nunca me casei. Apesar dos 2 casamentos.
Engraçado que à época foi ele quem melhor entendeu minha decisão.
Sou bem o resultado da criação dos 5 de casa, meu casal de padrinhos e mais o casal de avós maternos.
O contato com eles sempre foi grande.
Todos pessoas de extremas, que me ensinaram extremos.
O caminho do meio tenho tentado aprender na vida.
Nem sempre possível.
Pela primeira vez estou dando atenção especial ao dia do natalício sem vitimizar-me. Quero ficar alegre.
Passei por boas nos últimos dois anos e confesso, estou muito melhor...
Apesar de ainda não ter achado o tal caminho do meio
Apesar das minhas posturas e escolhas ainda chocarem alguns.
Moleque, mulher, menina, profissional, sou misto de tudo... que adora flertar com o lado de lá das coisas.
Nessas pensei em Lou Reed, Chico, Bob...
Quem???
Desfrutem
M

segunda-feira, 3 de maio de 2010

Sempre odiei o "elogio" gata.
Não sei se é elogio...alcunha, o fato que nunca gostei muito.
Qdo tal gracejo surgiu já era mais que adolescente.
Já tinha uma certa militância, já era chatóide.
Bem, se tem gente que me acha chata hoje... imagina, qdo estava plena de minha convicções, ou melhor, formando-as, o cú pra conferir que era.
Não gostávamos da alcunha, pois era "bestificar" gente.
Além do que, sempre fui uma pessoa cão!
Carente, dependente... só falta abanar o rabo.
Hj em dia que tenho gato q entendo um pouco melhor.
Me reporto a tal gracejo por dois motivos.
Um pq um dos chefes do grupo de pedal me chamou de gata um dia e saí com o pobre rapaz nas costas. Pobrezinho, me pegou num dia atravessado. Peço desculpas de público.
Outra que, saindo de uma festa, as tantas de la matina, dormi de botas.
As botas salvaguardaram minha honra... mas no dia seguinte, os presentes em meu lar, dois amigos e patrão, por horas tiraram sarro de minha cara.
Fui chamada de gata de botas, de uma forma tão gostosa e carinhosa que, pela primeira vez, não fiquei incomodada com a tal palavra.
Todo o fim de semana lembrei da besteira da bota.
Rendeu várias brincadeiras, com pessoas diferentes.
Sei que um certo galã veio salvar-me de uma ressaca esquisita e, nem precisei de botas pra ele se portar bem...
Pena que ele não é quem eu gostaria de chamar de gato... é, a vida tem dessas!
Nessas, fiquei pensando... Caetano, Marina ou Rita Lee??
Desfrutem
M